A professora de Espinho que falava de sexo nas aulas em termos considerados inapropriados já foi notificada pela DREN da mutação que sofreu a suspensão à qual foi sujeita em Maio passado, altura em que a comunicação social armou a tenda do circo. Passou, portanto, de preventiva a efectiva. Neste país de desenhos animados em que tudo se faz para mostrar que se faz e não para se fazer, já pouco pode constituir surpresa. À falta de tempo e pachorra para mais deixo-vos, em reedição de post, a opinião que, na altura, o caso me despertou.
INDIGNAÇÃO OU HIPÓCRISIA
INDIGNAÇÃO OU HIPÓCRISIA
É peremptório e de ciência feita, o conhecimento de que há bons e maus elementos em todas as profissões. Quando a falta de profissionalismo ou de competência se verifica em funções que lidam directamente com a vida do ser humano, as consequências podem ser mais graves. Sou de opinião que a execução desses ofícios deve ser cuidadosamente vigiada e, em caso de sinais adversos aos expectáveis ou de comprovado erro, sejam tomadas as devidas e justas providências no sentido do erro ser reparado.Quando há um caso ou outro que, seja pelo motivo que for, assola de forma persistente, irritante e abusiva os meios de comunicação social, evito fazer comentários por entender que fazendo-os, serei mais um dos muitos ecos a acidular o que já de si é suficientemente corrosivo.Hoje suspendo a minha tendência apenas para dizer que, e sem ser nada de novo, estou farta deste plasmar da consciência colectiva pela comunicação social. É que o barro de que, segundo os santos evangelhos, todos nós somos feitos deixa-se moldar de forma repugnante e embarga na arca da hipocrisia e do fait-divers social sempre que um caso destes acontece.A professora de quem se fala da EB Sá Couto de Espinho é manifestamente uma pessoa mal formada, mal-educada e de má índole. Dificilmente sairia deste ser humano uma boa professora. Esta minha conclusão advém da audição dos registos que foram expostos publicamente e que o país inteiro já teve oportunidade de ouvir. A senhora falhou como professora, ou seja como formadora académica e educadora de crianças ou jovens. Cabe às entidades competentes averiguar se a situação foi pontual ou é se é recorrente e tomar as devidas e adequadas providências. E sê-lo-á feito, não tenho a menor dúvida.O que me causa náuseas neste processo todo, além do já citado circo das televisões e jornais, é o festival de entendidos pareceres de psicólogos e pedopsiquiatras que têm acorrido aos media e que, pelos vistos, segundo os mesmos noticiaram, estão já a assistir os adolescentes atacados pela presumível insanidade da docente e tratando os eventuais presentes e futuros traumas provocados pelo ataque. Ora, tenhamos santa paciência! Ter-me-á faltado algum pormenor? Terá a senhora abusado sexualmente ou violado algum deles? Será possível que a hipocrisia que conduz as pessoas a toda esta euforia lhes tolhe o raciocínio para que não vejam que estes adolescentes estão cansados de percorrer todos os sites de sexo que lhe são permitidos pelos agora indignados pais e restantes educadores, ou seja, por todos nós. Que o vernáculo é uso corrente no seu dia-a-dia incluindo com os pais e que palavras como íman, sonhos molhados, virgindade, linguado são flores nas suas conversas? É grave a atitude da professora? É, errou como docente. Deve ser punida? Com certeza que deve. Agora daí até vitimizarem os adolescentes de forma a carregarem com eles ao colo até a um gabinete de psicologia e etiquetarem a professora como a “Nova Monstra de Espinho”, haja santa paciência! Não tenho a menor pachorra para a hipocrisia.
5 comentários:
Concordo, a professora está atrasada, aquilo são conversas para alunos do meu tempo, que infelizmente ninguem os incentivava, andavam sozinhos, latagões já feitos, a convencer-se que as miudas nao queriam sexo, porque eram umas lambisgoias e tal, com uma professora destas, teriam havido muitos mais apalpanços e subidas de saias. Esta geraçao nao sabe aproveitar o que tem, nós se apanhassemos uma desta, aquilo que é que seria tombar milho à força.
Penso que o Privada está um pouco equivocado quanto aos «incentivos» dos meninos de hoje relativamente a sexo. Eles precisam é de «desencentivos» e de perceberem que há tempo para tudo e que têm que aprender a lidar com o sexo como sendo algo natural, contudo com respeito pois o Homem ainda é racional. Por não estarem habituados a falar a casa e esclarecidos é que continuamos com meninas de 12, 13...anos grávidas. Isto é que é aproveitar?!
Minnie... há qto tempo!
Olá, ainda sobrevivo! Não é que não dê, muito raramente, uma vista de olhos aos posts, mas não tenho tempo de participar:(
Hoje arranjei uma golguiiiiinha.
folguiiiinha, queria eu dizer!
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