Imaginem um rapaz correndo de mota numa estrada secundária. O vento bate-lhe no rosto. O rapaz fecha os olhos e abre os braços, como nos filmes, sentindo-se vivo e em plena comunhão com o universo. Não vê o camião irromper do cruzamento. Morre feliz. A felicidade é quase sempre uma irresponsabilidade. Somos felizes durante os breves instantes em que fechamos os olhos.
In: O vendedor de Passados, José Eduardo Agualusa.
2 comentários:
Agualusa sim, sim, sim, sim!
Sou tão irresponsável. E inconsciente.
Uma belíssima definição de felicidade. E não é irresponsabilidade...
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