terça-feira, 20 de outubro de 2009

FELICIDADE

Imaginem um rapaz correndo de mota numa estrada secundária. O vento bate-lhe no rosto. O rapaz fecha os olhos e abre os braços, como nos filmes, sentindo-se vivo e em plena comunhão com o universo. Não vê o camião irromper do cruzamento. Morre feliz. A felicidade é quase sempre uma irresponsabilidade. Somos felizes durante os breves instantes em que fechamos os olhos.


In: O vendedor de Passados, José Eduardo Agualusa.

2 comentários:

Mofina disse...

Agualusa sim, sim, sim, sim!

Sou tão irresponsável. E inconsciente.

teresa g. disse...

Uma belíssima definição de felicidade. E não é irresponsabilidade...