Há palavras que, apesar da sua limitada condição de vocábulos, conseguem carregar em si sentimentos nobres, palavras que endereçadas a alguém falam muito mais do remetente do que do destinatário. Recebi hoje um conjunto dessa maravilhosa invenção do Homem – A Palavra – que me deixou, por longos momentos, sem palavras.
Medito.
Seremos, de facto, aquilo que os outros vêem? Será a condição humana capaz de tanta translucidez? Atrevo-me a admitir que, se não toda, alguma verdade haverá de nós naquilo que os outros de nós vêm, se na hora de mostrar nos despirmos dos artifícios.
Minha amiga real – que real é aquilo que nos faz estrebuchar e acreditar que existimos – permite-me que te lembre que empatia se traduz pela identificação intelectual e afectiva com terceiros, pelo que a mais-valia se reveste de recíprocidade obrigatória. A adivinhação da vontade dos outros só é possível quando essa vontade se passeia lado a lado, mão na mão, com a nossa própria vontade. A discrição e a naturalidade são formas subtis de camuflar o orgulho próprio e a ambição do reconhecimento por parte dos outros da nossa almejada magnificência. A facilidade que imprimimos ao nosso caminhar não é mais que a ilusão da impotência perante o encalacrado emaranho em que nos aprisionámos, no qual construímos o nosso próprio cárcere.
Permite, ainda, minha amiga real, que te lembre que quando espalhamos felicidade à nossa volta é impossível sermos infelizes, já que a felicidade própria não é se não o reflexo da felicidade dos que nos rodeiam.
Permite, ainda, minha amiga real, que te lembre que quando espalhamos felicidade à nossa volta é impossível sermos infelizes, já que a felicidade própria não é se não o reflexo da felicidade dos que nos rodeiam.
Minha amiga real e nobre, quanto de nós doamos sem o saber, apenas pelo lamento simples ou profundo de nada termos para oferecer?!
9 comentários:
"facilidade que imprimimos ao nosso caminhar não é mais que a ilusão da impotência perante o encalacrado emaranho em que nos aprisionámos, no qual construímos o nosso próprio cárcere. "
nao sei porke mas este post fez me tao bem......
Deixa-te de ser lamechas Afonsino, mostra que és um homem!
buaaaaaaaaaaaa
Não sejas Maria Manuel, privada.
Tanto que concordo contigo, tanto que de ti discordo.
Estou esmagada.
Mesmo esmagada Bli.
Meus amigos, quanto de nós doamos sem o saber, apenas pelo lamento simples ou profundo de nada termos para oferecer?!!!
esta muito a frente amiga
tanto assim que já foi feita posta adiantada de sexta-feira
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