Nada faz pior à saúde do que a morte
Quando ela ataca não há injecções nem xaropes
Que eliminem os seus efeitos secundários
As pessoas vivas desistem das pessoas que morrem
Deixam de as alimentar e de lhes dar vitaminas
De lhes passar cremes hidratantes na pele
Em vez disso enterram-nas de uma maneira profunda
Como se não houvesse nenhuma forma de as fazer acordar
Para mim, o método mais eficaz para não morrer
É manter os pés e as mãos sempre quentes
Os rebuçados da tosse, como fazem bem a tudo,
Também devem ser bons para evitar a morte
Na nossa mesinha de cabeceira deve existir
Um papagaio verde que esteja sempre a falar
E que saiba de cor todos os versos de Shakespeare
Isso sim, é uma atitude sensata
Mas a vida é uma coisa complicada
Porque está constantemente a avariar
Umas vezes é a corrente eléctrica que falha
Outras é a paisagem dos vales e dos rios que é cortada
De qualquer modo é preciso continuar a respirar
Mesmo que a luz se apague
E nos coloquem à cabeça
Uma pesada jarra de flores
2005
6 comentários:
Mofina, dá-me a tua camisola pá, e um rebuçado de mel.
Também podes fazer uma fanfarronice e olhá-la nos olhos. O que acontecerá?
Ei Mof supremo, vamos ter ke reunir para por em dia estas filosofias, supremo Mofina, supremo
Mofina, sinceramente, tirou-me as palavras da boca!
A mim, até os cremes calmantes me irritam.
Bli: a minha camisola fica-te pangalona.
Tê: Olhá-la nos olhos? Ainda ficava hipnotizada, credo.
Privado: Vamos todos recorrer prò Supremo e já!
Mac: Não fique sem palavras, sff.
jg: Eu sei.
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