sexta-feira, 11 de setembro de 2009

CANTIGA D'AMOR AO MESTRE

Andava eu pela casa do Mestre, remexendo gavetas e gavetinhas em busca de umas datas que agora não interessam nada, e encontro esta pérola. Regalem-se!

Saphou...
Viciado em derivado de papoila,
Funes foi parar à esquadra.
A guarda, uma forte moçoila
comeu-o na madrugada.
24/9/08 14:04

jorge c. disse...
Mas Funes não se ficou
E com a moral de que não prescinde
Mal a moça se chegou
Tapou-a com uma manta de Minde.
24/9/08 14:28

blimunda disse...
Algemado e em pelota
Clamava por piedade
A guarda afinal velhota
Enganara-o na idade.
24/9/08 14:34

João L. disse...
O comandante do posto chegou
A cena mal começado tinha
Enchendo o peito de ar bradou
Essa manta aí é minha
24/9/08 15:43

blimunda disse...
Ó sô guarda
Aqui d'el rei
Esta gaja não me larga
E eu sou um servo da lei.
24/9/08 16:18

jorge c. disse...
O comandante irritado
Da insubordinação não gostou
E vendo o memorioso ali deitado
Um chuto no cu lhe enfiou
24/9/08 16:22

blimunda disse...
El memorioso vexado
Por tão vil procedimento
Um auto de culpa lavrado
Outorgou ao Destacamento
24/9/08 16:39

João L. disse...
Se não me safo estou feito
Pensou Funes com os seus botões
E vendo o guarda ali a jeito
Agarrou-o pelos colarinhos
24/9/08 17:08

privada disse...
O comandante facista
Ao ver esta realidade
mandou enjaular o artista
pode desrespeito à autoridade
24/9/08 17:21

jorge c. disse...
E novamente por eles enganado
Funes já se mostrava irritado
Pela perfeição da fantasia
Do Guarda Manuel que afinal era Maria.
24/9/08 17:21

blimunda disse...
Protesto! Gritou impertinente
Ninguém me enjaula em vão
Não enrabei o Tenente
Nem tão pouco o Capitão
24/9/08 17:28

blimunda disse...
E o processo correu
P'los gabinetes do MAI
A contra-ordenação prescreveu
E o memorioso nem disse AI
24/9/08 17:55

Funes, o memorioso disse...
Mas que merda vem a ser esta,
Que não se respeita um vice-Deus?
Não importa que seja dia de festa;
Os delírios aqui só podem ser meus.
24/9/08 18:14

pbl disse...
E eu tapo o ouvidão
Mas não consigo cerrar as vistas
E das tripas faço coração
Para ler tantos artistas
24/9/08 19:03

8 comentários:

Mofina disse...

Socorro... é vírus?

Mofina disse...

Mas que é isso de andar a remexer nas gavetas das pessoas (salvo seja)?!?!

António Conceição disse...

A terceira estrofe excitou-me. É uma das minhas fantasias: algemado, às ordens de uma mulher madura.

privada disse...

E mais um ano! Snifffffff
Ate me admira o Jorge C. hoje nao ter lembrado o 11 de Setembro deve tar de ferias

Blimunda disse...

Mofina, as gavetas abertas são para se vasculharem.

Mestre, não lhe posso valer, dizem que sou verde como cornos.

E mais um dia somado a tantos outros, Privada. Segunda cá estamos para apagar as velas. Ah e diz ao puto que não se iluda que elas são novas mas são do género sabem-mais-cás-mães.

Beijinhos

saphou disse...

Espectáculo!

mac disse...

Mas que raio de coisa
Tão ilustres personagens
Dizendo coisa e loisa
Lindas abencerragens...

tiro e queda disse...

Se a madame Funes souber... dá-te as algemas, dá!