O ser humano cabalmente enquadrado numa reconhecida normalização de conceitos sociais caracteriza-se pela constante insatisfação e pelo subsequente carácter imperfeito, inacabado.
Nunca ninguém poderá, em sã consciência, dizer - eu não mudarei de postura nem de opinião – porque no segundo seguinte o seu cérebro já terá sofrido alterações significativas que o diferenciarão do ser humano que foi no segundo anterior.
Todos nós sabemos que o mundo em que actualmente vivemos está decadente, a cair de podre. Todos nós sabemos a causa da podridão. Não há homem ou mulher com espírito minimamente crítico que não aponte o dedo aos responsáveis. Os culpados são, quase sempre, os políticos e os grandes detentores do capital. É bem verdade que o destino de todos nós está nas mãos destas duas classes mas não é menos verdade que todos nós contribuímos de forma mais ou menos ordeira para essa centralização do poder e todos nós aspiramos de forma mais ou menos consciente à futura ascensão social e económica, abraçando assim a soberania da mesma forma que a abraçaram os que lá se encontram no presente. E é por essa glória que, à semelhança dos que agora se gladiam em debates televisivos e em campanhas eleitorais, combatemos quando escrevemos em blogues, quando tertuliamos em restaurantes, cafés ou bares com amigos ou apenas com pessoas que nos ouvem ou fingem ouvir e de quem esperamos grandes e legitimas audiências.
Percorrido o trajecto e atingido o topo cairemos nas armadilhas do Poder e seremos todos iguais, só que uns serão mais iguais do que outros. A febre do Poder subir-nos-á à cabeça e o suposto ideal de um sistema democrático revelar-se-á uma ditadura tirânica ainda que disfarçada sob a bandeiras da cracia do demos. O vírus do Poder infectará as mais sublimes ideologias e o que nos parecia claro, fácil e exequível, transforma-se na mais complexa teia de interesses aos quais não será possível fugir sob pena de perder o tão arduamente conquistado Poder e todas as suas benesses, garantias e regalias. As grandes revoluções são a maior prova da subversão dos ideais. Não tenho soluções para o caos que reina no mundo em que vivemos, continuo a ter ideais, mas para que esses ideais se cumprissem seria necessário reinventar o homem e os todos os conceitos sociais.
Nunca ninguém poderá, em sã consciência, dizer - eu não mudarei de postura nem de opinião – porque no segundo seguinte o seu cérebro já terá sofrido alterações significativas que o diferenciarão do ser humano que foi no segundo anterior.
Todos nós sabemos que o mundo em que actualmente vivemos está decadente, a cair de podre. Todos nós sabemos a causa da podridão. Não há homem ou mulher com espírito minimamente crítico que não aponte o dedo aos responsáveis. Os culpados são, quase sempre, os políticos e os grandes detentores do capital. É bem verdade que o destino de todos nós está nas mãos destas duas classes mas não é menos verdade que todos nós contribuímos de forma mais ou menos ordeira para essa centralização do poder e todos nós aspiramos de forma mais ou menos consciente à futura ascensão social e económica, abraçando assim a soberania da mesma forma que a abraçaram os que lá se encontram no presente. E é por essa glória que, à semelhança dos que agora se gladiam em debates televisivos e em campanhas eleitorais, combatemos quando escrevemos em blogues, quando tertuliamos em restaurantes, cafés ou bares com amigos ou apenas com pessoas que nos ouvem ou fingem ouvir e de quem esperamos grandes e legitimas audiências.
Percorrido o trajecto e atingido o topo cairemos nas armadilhas do Poder e seremos todos iguais, só que uns serão mais iguais do que outros. A febre do Poder subir-nos-á à cabeça e o suposto ideal de um sistema democrático revelar-se-á uma ditadura tirânica ainda que disfarçada sob a bandeiras da cracia do demos. O vírus do Poder infectará as mais sublimes ideologias e o que nos parecia claro, fácil e exequível, transforma-se na mais complexa teia de interesses aos quais não será possível fugir sob pena de perder o tão arduamente conquistado Poder e todas as suas benesses, garantias e regalias. As grandes revoluções são a maior prova da subversão dos ideais. Não tenho soluções para o caos que reina no mundo em que vivemos, continuo a ter ideais, mas para que esses ideais se cumprissem seria necessário reinventar o homem e os todos os conceitos sociais.
11 comentários:
Apioado! Quem escreve assim não é gago. Agora pode respirar & relaxar. Privada, dê-lhe um sedativo natural.
E EU ATÉ FICO GAGA!
(Não sei é se apoio...)
Blimunda, completamente de acordo. E isso é o diabo: se para os ideais se cumprirem é necessário reinventar o homem e os conceitos sociais, a seguir os ideais não serão adequados - como o texto refere, logo no primeiro parágrafo!
E agora?!?
Caro/a Piscadela, agradeço a constatação, o apoio e o conselho. O privada acabou de me dar o sedativo natural no blogue da Saphou. Nada como uma boa gargalhada!
Mofina, não sabes ou não queres saber?
Mac, agora nada a fazer! Dancemos conforme a música e façamos laranjada com o limão que tivermos mais á mão.
Ora batatas! Cá estamos nós de volta ao círculo viciado.
Decididamente, tenho de arranjar um esquadro.
Uma coisa fantástica que o homem tem é a capacidade de se reinventar, todos os dias. A grande questão, e se calhar o grande desafio, é que tem que começar por dentro, para que um dia essa renovação possa chegar fora, ao grupo, à sociedade.
Já sei que és mais metálica, mas deixo-te aqui uma das minhas canções preferidas, a propósito: http://www.youtube.com/watch?v=atUTahwSMUc
(Prometo que um dia destes vou pôr as leituras em dia, por aí abaixo)
O tipo que lhe piscou o olho sou eu, a aprender com Arlindo do Rego!
Não sei nada, não vi nada, não sou de cá...
Teresa g.? Quem é essa senhora?...
Ora, Maria Mofina Mendes, já te esqueceste que me convidaram para substituir a jardineira, que não fazia nenhum?! Bolas pá, sempre a proteger a jardineira, que mal te fiz eu?!
Snif, sou uma incompreendida. E estou aqui a dar satisfações quando devia era estar a trabalhar, não volto a falar contigo.
Não volto, e não volto.
Jardineira, regressa, eu dou um chuto nesta!...
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